A história da censura no Brasil aconteceu desde os tempos da colonização, quando a coroa portuguesa não aceitava os ideais iluministas, nem críticas à igreja católica. Mais adiante tivemos a abolição da escravidão no país, que foi duramente repreendida pelo Estado. Mas sua intensificação aconteceu após a adoção do regime militar. A censura é a avaliação prévia de obras artísticas, culturais e literárias, com o objetivo central de proibir ou não a publicação ou divulgação das mesmas nos meios públicos. Através dela conseguia-se coibir as idéias contrárias às imposições do governo, sendo que na área jornalística estavam mais relacionadas aos ideais políticos enquanto que na área artística, aos valores morais estabelecidos na época. Por meio de agentes especializados, o governo fazia a fiscalização de todas as pautas das matérias que seriam publicadas. Isso acontecia com a imprensa enviando antecipadamente seus artigos para o órgão competente, ou com a presença de um fiscal na empresa, para cuidar da fiscalização. Na área artística, textos escritos de todos os gêneros, teatro, música, literatura, também eram objeto de inspeção, pois não podiam manifestar opiniões que levassem a população a lutar contra as imposições do governo. Artistas ou jornalistas que se manifestavam contra tais imposições eram duramente perseguidos, tornando-se presos políticos, sendo torturados e muitas vezes mortos. Mas o processo de democratização do país fez com que no último governo militar, o de João Figueiredo, as imposições fossem mais brandas, a censura tornou-se menos exigente, liberando as obras mais facilmente. Mas foi através da Constituição de 1988, votada pela Assembleia Constituinte, no dia 03 de agosto, que conseguiu-se extinguir a censura no Brasil, após os longos anos de sua implementação, representando o fim da tortura e aprovação da liberdade intelectual, de expressão e de imprensa no país, em seu artigo 5º autorizando a demonstração e a manifestação dos ideais de cada indivíduo.
(Equipe Brasil Escola)
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