Vocalistas Robson Costa e André Ramon (Foto: Reprodução/TV Globo)
"Olha, mulher é igual a lata, um chuta e outro cata, um chuta e outro cata...eu chutei, você catou". Músicas como esta, que fazem o sucesso de várias bandas de pagode na Bahia, estão na mira da Assembleia Legislativa. A deputada estadual Luiza Maia (PT-BA) impetrou um projeto na Casa que prevê a proibição de financiamento público para bandas e artistas que incentivem a violência e o preconceito contra as mulheres. Se o projeto for aprovado, o Governo do Estado e as prefeituras baianas ficarão proibidos de contratar artistas com repertório que desvalorize ou exponha as mulheres a constrangimentos. Ela já ganhou o apoio de dez deputadas da Casa e mantém um abaixo-assinado na internet para pedir apoio ao projeto. “Você não pode estar deixando normalizar, como se fosse natural a violência, o desrespeito e a desvalorização da mulher”, defende a deputada. Os músicos não concordam com o projeto lei e argumentam. De acordo com Robson Costa, vocalista da banda Black Style, tudo não passa de uma brincadeira. "As mulheres interpretam de uma forma assim, como uma brincadeira, sabe? Zoar uma da outra. É sempre uma brincadeira de dançar e de coreografar”, acredita. Em entrevista ao G1, o cantor Márcio Victor, da banda Psirico, um dos compositores da música Chupeta (Gugu dá dá), exibida na matéria, disse que não é a favor desse tipo de música e que acha necesário um debate com a sociedade sobre o assunto. "Acho que não tem nada a ver. Isso só vai acabar com a alegria de quem gosta dessas músicas. Acho que tem que ter uma conversa com a sociedade para saber até que ponto a sociedade acha agressivo ou não", opina.
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