Apresentado pelo deputado peemedebista Leur Lomanto Júnior, um projeto que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia propõe incluir o estado no horário de verão. O argumento usado é que ele ajudaria a fortalecer a economia baiana. A Tribuna entrou em campo para saber o que pensa sobre o assunto o segmento econômico e concluiu que o tema é polêmico e controverso entre os seus representantes.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador é contrário ao horário de verão “por entender que representa um sacrifício para o trabalhador, que tem que acordar mais cedo, e enfrentar problemas de transporte e de segurança”, avaliou Paulo Motta, presidente do Sindlojas.
“Para o comércio, não traz nenhum tipo de benefício. O setor de serviços, bares e restaurantes talvez seja o único beneficiado”, acredita.
Já a diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, em recente reunião, manifestou-se favorável ao horário. Conforme a sua assessoria de comunicação, o estado da Bahia precisa estar sincronizado com os estados do Sul e Sudeste que aderem à mudança nos relógios. A relação estreita, em termos econômicos, com essas regiões contribui para que a Fieb defenda essa posição.
O horário de verão, instituído pelo Decreto-Lei nº 4.295, de 13 de maio de 1942, tem sido implantado regularmente pelo governo brasileiro nos últimos anos, dividindo opiniões na sociedade.
Em geral, ele é instituído no mês de outubro e termina em fevereiro, sempre tendo como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica por conta do maior aproveitamento da luminosidade dos dias de verão.
Mas, atualmente, apenas dez estados e o Distrito Federal alteram os ponteiros de seus relógios, que são adiantado em uma hora: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (Região Sul); São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo (Região Sudeste) e Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Região Centro-Oeste).
Os estados das regiões Norte e Nordeste não adotam o horário de verão porque neles não há mudança significativa no tempo de iluminação solar durante os dias dessa estação. Já nas regiões mais distantes da Linha do Equador esse tempo de iluminação varia significativamente, com o Sol nascendo mais cedo e pondo-se mais tarde.
Essa diferença no tempo de iluminação é provocada pela inclinação do eixo da Terra associada aos movimentos de translação e rotação. O horário de verão tem como objetivo a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta. O efeito provocado é de não haver a coincidência da entrada da iluminação, com o consumo existente ao longo do dia do comércio e da indústria, cujo montante se reduz após as 18 horas.
A superposição desses consumos causa o aumento da demanda na ponta, fato inevitável no inverno, mas aproveitado pelo setor elétrico, sob tutela do Ministério de Minas e Energia – MME e aprovação da Aneel, durante o verão.
A Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS), espécie de agência reguladora da qual participam empresas como a Coelba, avalia, anualmente, os efeitos da adoção da medida no Sistema Interligado Nacional (SIN), com a elaboração de relatórios sobre as expectativas e resultados. Os preliminares entre 2010 e 2011 apontam benefícios devido à adoção da medida: A redução do consumo no horário de pico representa menos R$ 2 bilhões em investimentos. O menor consumo nesse período proporcionou uma economia de R$ 30 milhões na geração térmica do SIN.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador é contrário ao horário de verão “por entender que representa um sacrifício para o trabalhador, que tem que acordar mais cedo, e enfrentar problemas de transporte e de segurança”, avaliou Paulo Motta, presidente do Sindlojas.
“Para o comércio, não traz nenhum tipo de benefício. O setor de serviços, bares e restaurantes talvez seja o único beneficiado”, acredita.
Já a diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, em recente reunião, manifestou-se favorável ao horário. Conforme a sua assessoria de comunicação, o estado da Bahia precisa estar sincronizado com os estados do Sul e Sudeste que aderem à mudança nos relógios. A relação estreita, em termos econômicos, com essas regiões contribui para que a Fieb defenda essa posição.
O horário de verão, instituído pelo Decreto-Lei nº 4.295, de 13 de maio de 1942, tem sido implantado regularmente pelo governo brasileiro nos últimos anos, dividindo opiniões na sociedade.
Em geral, ele é instituído no mês de outubro e termina em fevereiro, sempre tendo como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica por conta do maior aproveitamento da luminosidade dos dias de verão.
Mas, atualmente, apenas dez estados e o Distrito Federal alteram os ponteiros de seus relógios, que são adiantado em uma hora: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (Região Sul); São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo (Região Sudeste) e Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Região Centro-Oeste).
Os estados das regiões Norte e Nordeste não adotam o horário de verão porque neles não há mudança significativa no tempo de iluminação solar durante os dias dessa estação. Já nas regiões mais distantes da Linha do Equador esse tempo de iluminação varia significativamente, com o Sol nascendo mais cedo e pondo-se mais tarde.
Essa diferença no tempo de iluminação é provocada pela inclinação do eixo da Terra associada aos movimentos de translação e rotação. O horário de verão tem como objetivo a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta. O efeito provocado é de não haver a coincidência da entrada da iluminação, com o consumo existente ao longo do dia do comércio e da indústria, cujo montante se reduz após as 18 horas.
A superposição desses consumos causa o aumento da demanda na ponta, fato inevitável no inverno, mas aproveitado pelo setor elétrico, sob tutela do Ministério de Minas e Energia – MME e aprovação da Aneel, durante o verão.
A Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS), espécie de agência reguladora da qual participam empresas como a Coelba, avalia, anualmente, os efeitos da adoção da medida no Sistema Interligado Nacional (SIN), com a elaboração de relatórios sobre as expectativas e resultados. Os preliminares entre 2010 e 2011 apontam benefícios devido à adoção da medida: A redução do consumo no horário de pico representa menos R$ 2 bilhões em investimentos. O menor consumo nesse período proporcionou uma economia de R$ 30 milhões na geração térmica do SIN.
Turismo é a favor
O presidente do Conselho Baiano de Turismo – entidade que agrega todas as associações de classe do turismo baiano –, Silvio Pessoa, disse que há quatro anos luta pelo retorno ao horário de verão, na Bahia.
Para ele, os visitantes teriam mais horas de sol para aproveitar a cidade, “conhecer e consumir em restaurantes, shoppings, além de visitar os pontos turísticos com maior segurança”, destaca. De acordo com Pessoa, em razão da diferença de horário, muita gente se confunde com as passagens de companhias aéreas e acaba perdendo voos, o que seria também uma perda para o turismo.
“É muito bom para os turistas e também moradores de Salvador e Litoral Norte, estarmos dentro do horário de verão, pois do contrário significa estarmos desconectados da grande parte do país, principalmente do Sul e Sudeste, que são grandes emissores de turistas para nossa cidade. O transtorno com o horário é muito grande e poderíamos aproveitar de uma forma melhor, talvez até com promoção de marketing”, propõe o dirigente.
Para ele, os visitantes teriam mais horas de sol para aproveitar a cidade, “conhecer e consumir em restaurantes, shoppings, além de visitar os pontos turísticos com maior segurança”, destaca. De acordo com Pessoa, em razão da diferença de horário, muita gente se confunde com as passagens de companhias aéreas e acaba perdendo voos, o que seria também uma perda para o turismo.
“É muito bom para os turistas e também moradores de Salvador e Litoral Norte, estarmos dentro do horário de verão, pois do contrário significa estarmos desconectados da grande parte do país, principalmente do Sul e Sudeste, que são grandes emissores de turistas para nossa cidade. O transtorno com o horário é muito grande e poderíamos aproveitar de uma forma melhor, talvez até com promoção de marketing”, propõe o dirigente.
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