Vinte e duas pessoas deram entrada na Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas, a 145 km de Salvador, na noite desta quinta-feira (23), vítimas de queimaduras provocadas por espadas, segundo informações da unidade de saúde.
Nas ruas centrais do município o movimento estava tranquilo, mas na periferia da cidade a "guerra de espadas" continuava. Os moradores soltavam as espadas normalmente, descumprindo a decisão da Justiça que considerou crime soltar os fogos.
A proibição deixou alguns moradores revoltados. “É a única coisa de diversão que nós temos. Não temos só arraiá, só essa tradição de forró não, temos a nossa queima de espadas e a queima de espadas tá no sangue”, diz o pintor Roque Gomes.
A decisão da Justiça dividiu a população de Cruz das Almas. Enquanto uns consideram a “guerra” uma tradição, outros estão mais aliviados. “Agora a gente pode chegar na porta, pode olhar o movimento, vir na fogueira, soltar fogos que não prejudicam as pessoas”, diz a aposentada Zildete Cunha.
Ao contrário de 2010, o movimento na Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas é tranquilo. “Já teve casos do paciente perder três dedos na mão, que foi o caso mais grave. O resto dos casos são superficiais, com queimaduras de primeiro, segundo e até terceiro grau”, explica Rodrigo Bramília, médico da Santa Casa.
G1 Bahia
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